Chapter 4 Despair And Decisions
- Dois dias se passaram e Leander não a contatou. Embora Serenity achasse estranho, ela pensou que Leander poderia ter ficado ofendido com seus atrasos constantes. No entanto, ela decidiu continuar com sua rotina normal. Contra sua própria vontade, Leander decidiu seguir Serenity e descobrir a verdade de uma vez por todas.
- Na quarta noite de vigília fora da mansão, era quase madrugada quando ele pegou Serenity saindo furtivamente. Seu sangue ferveu ao vê-la sair na calada da noite como um ladrão. Leander, escondido na orla da floresta de frente para a mansão, emergiu de trás das árvores, tornando-se visível.
- Serenity congelou, sem entender por que ele estava espreitando ali. Não importava o quanto ela tentasse explicar, a situação estava longe de ser normal, especialmente para uma jovem loba. Suas tentativas foram insuficientes para convencer Leander. Determinado, ele tomou uma decisão que mudaria não apenas sua vida.
- "Eu não estarei com uma loba desonesta como você. Eu a rejeito como minha companheira. A partir de hoje, não me procure!" ele rosnou para ela, mostrando os dentes.
- Serenity não conseguia acreditar no que tinha acabado de acontecer. Um desespero profundo e penetrante a envolveu completamente, como se tivesse sido atingida por uma lâmina afiada no coração. Era uma ferida que se abriu dentro dela, deixando-a perplexa e sem chão.
- Leander mudou para sua forma lupina e correu pela floresta, distanciando-se de Serenity o máximo possível, seu coração despedaçado, acreditando que sua companheira dada pela deusa Luna o havia traído.
- Serenity ficou paralisada, um uivo solitário ecoando de sua garganta na noite sem esperança. Sua companheira, presenteada pela deusa Luna como uma promessa de amor e proteção, havia escolhido não acreditar nela. As palavras que ecoavam de seus lábios eram como punhais afiados, destruindo sua confiança e amor. Era como se a essência de seu ser tivesse sido negada, lançando sombras de dúvida e rejeição.
- Serenity sentiu uma mistura devastadora de emoções, uma dor tão forte que suas pernas pareciam fracas, incapazes de sustentá-la. Lágrimas silenciosas inundaram seus olhos enquanto um vazio profundo e frio se instalou em seu peito.
- A dor era como uma tempestade dentro dela, fazendo-a tremer e vacilar. Suas pernas, geralmente fortes, cederam sob o peso de emoções avassaladoras. Seus soluços silenciosos ecoaram pelas paredes invisíveis de seu sofrimento.
- O vazio em seu peito era como um buraco negro, sugando luz e alegria ao seu redor. Uma sensação de frieza e ausência, como se algo vital tivesse sido arrancado de seu núcleo. Envolta nessa tempestade emocional, Serenity buscou consolo nas sombras, tentando encontrar refúgio para sua dor.
- Ela olhou para a estrada que sempre tomava para chegar ao lugar que era sua fonte de esperança e propósito. No entanto, diante da rejeição que acabara de suportar, a dor era avassaladora, deixando-a incapaz de continuar. Seu coração partido a impedia de encontrar forças para cuidar dos outros, pois sua própria alma estava despedaçada.
- Serenity, em meio à tristeza, não conseguiu cuidar de ninguém naquela noite. Ela sabia que ajudar os necessitados era o que mais importava; era o que ela mais amava. Mas naquele momento, diante da dor da rejeição, ela precisava lamentar o que havia perdido.
- Aquele companheiro que deveria ter sido sua âncora e apoio havia se tornado uma lembrança dolorosa. Era difícil seguir em frente quando a pessoa em quem ela tanto confiava a rejeitava cruelmente, sem nem mesmo lhe dar o benefício da dúvida. Serenity precisava abrir espaço para sua dor, permitir-se sentir e curar as feridas causadas pela rejeição.
- Naquela noite, o lugar que antes era seu refúgio se transformou em uma lembrança amarga. Serenity sempre foi corajosa e forte, mas agora ela precisava encontrar uma maneira de se curar antes de retomar sua missão de cuidar daqueles que dependiam dela.
- Em meio à dor e à tristeza, seu Lobo assumiu o controle e correu pela floresta, distanciando-se do lugar que antes era seu santuário. Em seu coração, a esperança lutava para sobreviver, enquanto a sombra da rejeição lançava sua escuridão sobre o caminho à frente.
- A floresta, iluminada pelo luar trêmulo, testemunhou a corrida frenética de Serenity. Era como se a dor e a angústia fossem traduzidas em movimento, em uma busca frenética por alívio. Cada passo na folhagem seca ecoava como um lamento, uma expressão física da tempestade emocional que atormentava Serenity.
- Enquanto o Lobo corria, a esperança lutava para não ser engolida pela escuridão. A floresta, antes um refúgio, agora se tornou um labirinto de emoções intensas. Seu uivo ecoou pelas árvores, uma expressão primitiva da dor dentro dela.
- No coração de Serenity, suas duas naturezas se entrelaçavam. Seu lobo assumiu a liderança, guiando Serenity em uma jornada interior em busca de cura e renascimento. A dor era penetrante, como se ela tivesse perdido uma parte de si mesma.
- Enquanto isso, Seraphina chegou em casa e se trancou em seu quarto, de pé perto das janelas de frente para o jardim, sua mente em turbulência. Depois de refletir profundamente sobre o que fazer, ela tomou uma decisão significativa: ela não poderia se submeter a um casamento com um príncipe sem prestígio. Ela acreditava que merecia muito mais do que ser obrigada a cuidar de um marido inútil.
- Sabendo que seu pai a forçaria a essa união, diante dessa imposição, ela se recusou a se casar. Fugir de casa surgiu como a única opção para se libertar desse casamento arranjado.
- O coração de Seraphina, movido por coragem determinada, rejeitou os grilhões de um destino indesejado. O peso das expectativas sociais e pressões familiares tornaram-se fardos insuportáveis. Então ela decidiu forjar seu próprio caminho, mesmo que isso significasse desafiar tradições arraigadas.
- Fugir representava uma escolha ousada, uma busca por liberdade e autonomia, mas era o que ela queria fazer naquele momento. A mansão, antes seu lar, havia se tornado uma prisão de expectativas indesejadas. Com tudo embalado, Seraphina correu em direção ao desconhecido, buscando um destino que ela mesma pudesse moldar, longe das restrições de um casamento forçado.